10 abril, 2008



"Tento entender...

Um pouco mais da alma

Alma que me faz dançar nesta festa

Venho atender...

Ao teu pedido d'água

Águas salgadas de mar

Algas que param na areia

Ondas gigantes crescendo

No mar dos sertões na minha cabeça

A mente em meu caminho

A mente em todo lugar

São tortos os santos, querida...."

letra:Otto

09 abril, 2008

Sonhos ...


Frase de pára-choque de caminhão:
"Ontem eu sonhava, hoje eu nem durmo"

curtinhos

razão é instituição
o ego em manifestação
manifesto infantil
é Freud que fode
é tudo fixação?
se te encontras
se te encaixas
se te buscas
edípico?
se sou louco
se nem ele explica
podes ter razão
te destino minha fatia
sou razão
da emoçao
sou colapso
sou instinto
em boa tradução
fumaça, vinho tinto
e tesão

_______________________________________

O mundo roda
o mundo gira
o mundo pira
o mundo boda
contigo e comigo
em seu próprio umbigo
no mesmo lugar
gira sem virar
enquanto gira
o mundo pira
devagar e sem parar
__________________________________________
Morte é sorte
ou falta

Guerra é morte
ou sorte

Falta é sorte
ou morte

Sorte é falta
de guerra e morte
________________________________________


Pulsão
Relação
Espaço/moção
Em ultima instância
Tesão

Fato

Fato é imagem estática
Vivo em movimento
Tato é imagem enfática
O trato como pensamento
Maleável, ajustável
Desprendido, volátil
Doutor Chapatin e seu estrato
O mundo num prato
Energia é caneta
em papel branco
Sonho é caneca
vazia no entanto
vãcuo imensurável
infinito num pranto
fechado num canto
lacrado num porta-retrato

Uni-vos!

Uni-vos!
Sonhadores e Trabalhadores
Utópicos e Pés-no-chão
Donas de casa e o Dom da ação!
Uni-vos!
Pelo fim do Pão-e-Circo!
Para atear fogo ao picadeiro
Uma greve geral destes palhaços da vida!
Uni-vos!
Sim à poesia, não às fronteiras.
Sim ao sorriso, não ao soluço.
Sim à América Latina, não à América Sofrida.
Uni-vos!
Em nome de teus filhos e netos
Em nome de quem Lutou em nosso nome
Uni-vos!
Pois povo tão belo jamais há de existir
Pois cultura tão rica não há de sucumbir
E este Dom de gritar que deixado nos foi,
É o poder de mudar que possuímos sem saber!
Uni-vos!
Pela unidade e congruência,
Dessa abençoada latinidade amada
Revolucione-se, pelas flores ou pelas armas,
Ofereça à tuas crianças o feliz viver,
Não o castigo de sobreviver.

03 abril, 2008

Valeu

E ai galera!!! Gostaria primeiramente de dar os parabéns para o Léo pela iniciativa da construção do Blog (é isso ai muleke, tem que faze acontece !!!) e agradecer pelo convite de eu poder estar postando no mesmo. Se a democracia existe mesmo, isso eu não sei, mas só de existir alguns espaços como este, onde pessoas diferentes e de diferentes lugares, ramos e opiniões, possam se expressar de diferentes formas, pra mim já ta bom...
Gostaria de postar uma letra de uma música minha (a única, e que nem tem nome ...rsrsrs) que fiz quando mais muleke (faz uma carinha já... rsrsrs) depois que li o livro “Vidas Secas”, de Graciliano Ramos. Talvez eu tenha sido um pouco ousado demais em escrever de uma realidade que na verdade nunca vivi. Mas creio que o objetivo da literatura é este mesmo. Liberar a imaginação, possibilitando contato com lugares e pessoas que nunca tive contato. Proporcionar uma parceria entre escritor e leitor, onde a obra só se faz acabada mesmo, na mente do segundo. Diferente das novelas televisivas, onde a minha posição é só de espectador, nos livros posso me sentir um pouco mais à vontade, quase como um autor, pois eles me dão a liberdade de criar e de imaginar todo um cenário de quadros e de personagens. Assim, milhares de livros impressos iguais, do mesmo autor, titulo e edição, se tornam únicos, e produzem resultados únicos na vida de cada pessoa. Ta ai um desses resultados. Valeu...


Seca, deserto, agreste
Seca, deserto, sertão

O sol que escalda as costas
E a intolerância
Me incomodam

Não sei fala, não sei escreve
Sou chacota
Na TV

Minha cabeça ferve
Sinto o pó entrando pela boca
Queimando vísceras presentes
Até me consumir

Dor, o que é dor?
Confundo dor com a felicidade
A seca cobre minha cidade
E o sol,
Extingue minhas esperanças

Dor, o que é dor?
Me escondo na sombra da caatinga
O escuro da noite me alivia
E eu sonho,
Por melhores dias

Dor, o que é dor?
Andando de um lado pro outro
Sem chão, sem terra, sem dono

Vivo, sobrevivo, ao martírio
Vivo, sobrevivo, ao martírio

02 abril, 2008

JAZZ


Poesia no improviso
Notas no papel
sonoridade em realizo
construção em altos
baixos e solos
sopros e lágrmas
jazz em essência
sentidos em eminência
direções diversas
melodias livres
contando uma história
a imagem em estilhaço
um vitral colonial
em papel, tinta e aço!



Pra quem gosta de boa música e boa compania...
www.jazzmanmp3.blogspot.com

DEMOCRAZY

DEMOCRACY – DEMOCRAZY
WAR FOR PEACE
BLOOD FOR NOTHING

EN UNA NOCHE
UNA VIDA SE ENCIERRA

EM UNA MENTE
MUCHAS DE DESPEDEN

PARA QUE PARA QUEM
POR MIM NÃO
Á MIM NÃO

POR UM DELIRIO
MILHOES DE SONHOS
SUCUMBEM

PELO OURO NEGRO
PELA FOME INSACIAVEL
THEM BELLY FULL BUT THEY´RE HUNGRY
AND AWAYS
ETERNAMENTE
ATE O HORROR BATER-LHES À PORTA

LIBERTAR A QUEM?
DE QUEM MESMO?

DEMOCRAZY

ESPANGLISH
PORTUÑOL
IMBROMATION

TODO TIENES SENTIDO
COMUNICAR, TROCAR
APRENDER, ENSINAR

WHAT ABOUT DEMOCRAZY?
SUFFERING MACHINE
ROUBAR, VIOLAR
SOB O NOME
LIBERTAR

Sentimentos por Michel da Silva

Salve amigos e leitores satisfação somar nesse blog , valeu Leozera pelo convite !!!
Vamô de poesia periférica então ...

SENTIMENTOS

Por ai muito sinhô

Esses chamados de dotôr

Dizem que nossa poesia

É limitada, um horror


Pois eu digo que esses cabra

Que nunca pegou numa enxada

Dizem que sabem de tudo

Mas num sabem é de nada


Esses “dono da verdade”

Num conhece a realidade

Vivida pelo caboclo

No sertão e na cidade


Só ficam em gabinete

Entre quatro paredes

Enquanto nóis clama justiça

E eles finge que num entende


Diz que nóis num sabe lê

Quanto menos iscrevê

E que nosso linguajar

É difícil compreendê


Pois deixe que eles insista

Em fazê grossa vista

Pois nóis se fortalece

Aqui no bar do Santista


É aqui que ta nossa gente

Povo lindo e inteligente

Pelo amor e pela arte

Mais um Elo da Corrente


Gente que sabe o que quer

Homem, criança e mulher

Que num deixa esses dotôr

Nos tratar como qualquer


Essa gente de muito dinheiro

Empresário, político, banqueiro

Que concentra toda riqueza

Lavando no estrangêro


Esses tão iludido

Pensam tá bem protegido

Mas quando abrirem os olhos

O bolo vai tá dividido


Pois nesse grande momento

Expandimos conhecimento

Lendo nossos próprios livros

Que hoje tamô escrevendo


E esses mesmos livros

Que um dia nos foi proibido

Hoje nos dá o poder

De sermos reconhecido


Muda a real de figura

Fazendo literatura

Eleva nossa auto – estima

Renasce nossa cultura


Valoriza nossa história

Resgata nossa memória

Ignorada na escola

Hoje conduz a vitória


Salve nossa correria

Lutando no dia a dia

Muita paz e liberdade

Merece a periferia


Sentimento verdadeiro

Pras guerreira e pros guerreiro

Que mantêm a resistência

Feito Zumbi e Conselheiro


Os versos ficam por aqui

Mas num vamô desisti

Pois nossa luta continua

Mesmo até depois do fim

01 abril, 2008

Oferta

Você gostaria de ter uma pele de onça ?



Ela também.
Sem procura não há oferta. Caça profissional é crime.
E extinção é para sempre.



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Idéias ao vento



Só estou por aqui por que estou preso ao poste. As minhas idéias já foram embora faz tempo !!!

leo Garin