Blog destinado à interação coletiva e ao crescimento do mesmo. Contando com a participação de vários autores o blog abrange diversas questões, da particular filosofia à questões contemporâneas do coletivo social.
10 abril, 2008
09 abril, 2008
curtinhos
o ego em manifestação
manifesto infantil
é Freud que fode
é tudo fixação?
se te encontras
se te encaixas
se te buscas
edípico?
se sou louco
se nem ele explica
podes ter razão
te destino minha fatia
sou razão
da emoçao
sou colapso
sou instinto
em boa tradução
fumaça, vinho tinto
e tesão
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O mundo roda
o mundo gira
o mundo pira
o mundo boda
contigo e comigo
em seu próprio umbigo
no mesmo lugar
gira sem virar
enquanto gira
o mundo pira
devagar e sem parar
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Morte é sorte
ou falta
Guerra é morte
ou sorte
Falta é sorte
ou morte
Sorte é falta
de guerra e morte
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Pulsão
Relação
Espaço/moção
Em ultima instância
Tesão
Fato
Vivo em movimento
Tato é imagem enfática
O trato como pensamento
Maleável, ajustável
Desprendido, volátil
Doutor Chapatin e seu estrato
O mundo num prato
Energia é caneta
em papel branco
Sonho é caneca
vazia no entanto
vãcuo imensurável
infinito num pranto
fechado num canto
lacrado num porta-retrato
Uni-vos!
Sonhadores e Trabalhadores
Utópicos e Pés-no-chão
Donas de casa e o Dom da ação!
Uni-vos!
Pelo fim do Pão-e-Circo!
Para atear fogo ao picadeiro
Uma greve geral destes palhaços da vida!
Uni-vos!
Sim à poesia, não às fronteiras.
Sim ao sorriso, não ao soluço.
Sim à América Latina, não à América Sofrida.
Uni-vos!
Em nome de teus filhos e netos
Em nome de quem Lutou em nosso nome
Uni-vos!
Pois povo tão belo jamais há de existir
Pois cultura tão rica não há de sucumbir
E este Dom de gritar que deixado nos foi,
É o poder de mudar que possuímos sem saber!
Uni-vos!
Pela unidade e congruência,
Dessa abençoada latinidade amada
Revolucione-se, pelas flores ou pelas armas,
Ofereça à tuas crianças o feliz viver,
Não o castigo de sobreviver.
03 abril, 2008
Valeu
Gostaria de postar uma letra de uma música minha (a única, e que nem tem nome ...rsrsrs) que fiz quando mais muleke (faz uma carinha já... rsrsrs) depois que li o livro “Vidas Secas”, de Graciliano Ramos. Talvez eu tenha sido um pouco ousado demais em escrever de uma realidade que na verdade nunca vivi. Mas creio que o objetivo da literatura é este mesmo. Liberar a imaginação, possibilitando contato com lugares e pessoas que nunca tive contato. Proporcionar uma parceria entre escritor e leitor, onde a obra só se faz acabada mesmo, na mente do segundo. Diferente das novelas televisivas, onde a minha posição é só de espectador, nos livros posso me sentir um pouco mais à vontade, quase como um autor, pois eles me dão a liberdade de criar e de imaginar todo um cenário de quadros e de personagens. Assim, milhares de livros impressos iguais, do mesmo autor, titulo e edição, se tornam únicos, e produzem resultados únicos na vida de cada pessoa. Ta ai um desses resultados. Valeu...
Seca, deserto, agreste
Seca, deserto, sertão
O sol que escalda as costas
E a intolerância
Me incomodam
Não sei fala, não sei escreve
Sou chacota
Na TV
Minha cabeça ferve
Sinto o pó entrando pela boca
Queimando vísceras presentes
Até me consumir
Dor, o que é dor?
Confundo dor com a felicidade
A seca cobre minha cidade
E o sol,
Extingue minhas esperanças
Dor, o que é dor?
Me escondo na sombra da caatinga
O escuro da noite me alivia
E eu sonho,
Por melhores dias
Dor, o que é dor?
Andando de um lado pro outro
Sem chão, sem terra, sem dono
Vivo, sobrevivo, ao martírio
Vivo, sobrevivo, ao martírio
02 abril, 2008
JAZZ
Poesia no improviso
Notas no papel
sonoridade em realizo
construção em altos
baixos e solos
sopros e lágrmas
jazz em essência
sentidos em eminência
direções diversas
melodias livres
contando uma história
a imagem em estilhaço
um vitral colonial
em papel, tinta e aço!
Pra quem gosta de boa música e boa compania...
www.jazzmanmp3.blogspot.com
DEMOCRAZY
WAR FOR PEACE
BLOOD FOR NOTHING
EN UNA NOCHE
UNA VIDA SE ENCIERRA
EM UNA MENTE
MUCHAS DE DESPEDEN
PARA QUE PARA QUEM
POR MIM NÃO
Á MIM NÃO
POR UM DELIRIO
MILHOES DE SONHOS
SUCUMBEM
PELO OURO NEGRO
PELA FOME INSACIAVEL
THEM BELLY FULL BUT THEY´RE HUNGRY
AND AWAYS
ETERNAMENTE
ATE O HORROR BATER-LHES À PORTA
LIBERTAR A QUEM?
DE QUEM MESMO?
DEMOCRAZY
ESPANGLISH
PORTUÑOL
IMBROMATION
TODO TIENES SENTIDO
COMUNICAR, TROCAR
APRENDER, ENSINAR
WHAT ABOUT DEMOCRAZY?
SUFFERING MACHINE
ROUBAR, VIOLAR
SOB O NOME
LIBERTAR
…
Sentimentos por Michel da Silva
Vamô de poesia periférica então ...
SENTIMENTOS
Por ai muito sinhô
Esses chamados de dotôr
Dizem que nossa poesia
É limitada, um horror
Pois eu digo que esses cabra
Que nunca pegou numa enxada
Dizem que sabem de tudo
Mas num sabem é de nada
Esses “dono da verdade”
Num conhece a realidade
Vivida pelo caboclo
No sertão e na cidade
Só ficam em gabinete
Entre quatro paredes
Enquanto nóis clama justiça
E eles finge que num entende
Diz que nóis num sabe lê
Quanto menos iscrevê
E que nosso linguajar
É difícil compreendê
Pois deixe que eles insista
Em fazê grossa vista
Pois nóis se fortalece
Aqui no bar do Santista
É aqui que ta nossa gente
Povo lindo e inteligente
Pelo amor e pela arte
Mais um Elo da Corrente
Gente que sabe o que quer
Homem, criança e mulher
Que num deixa esses dotôr
Nos tratar como qualquer
Essa gente de muito dinheiro
Empresário, político, banqueiro
Que concentra toda riqueza
Lavando no estrangêro
Esses tão iludido
Pensam tá bem protegido
Mas quando abrirem os olhos
O bolo vai tá dividido
Pois nesse grande momento
Expandimos conhecimento
Lendo nossos próprios livros
Que hoje tamô escrevendo
E esses mesmos livros
Que um dia nos foi proibido
Hoje nos dá o poder
De sermos reconhecido
Fazendo literatura
Eleva nossa auto – estima
Renasce nossa cultura
Valoriza nossa história
Resgata nossa memória
Ignorada na escola
Hoje conduz a vitória
Salve nossa correria
Lutando no dia a dia
Muita paz e liberdade
Merece a periferia
Sentimento verdadeiro
Pras guerreira e pros guerreiro
Que mantêm a resistência
Feito Zumbi e Conselheiro
Os versos ficam por aqui
Mas num vamô desisti
Pois nossa luta continua
Mesmo até depois do fim