11 janeiro, 2010

Nada se perde, tudo se transforma

Atitudes que fazem mal também servem como estímulo para o crescimento interno.

Nada como um dia após o outro.
Nada como o tempo, para curar feridas e renovar esperanças.
Nada como a imprevissibilidade do novo se transformando em combustivel para continuar o caminho.

Te digo uma coisa, quanto mais vivo mais vejo que aqui, nesse mundo, tem gente que não tem nada a perder para fazer mal aos outros.
E as intenções que levam esses a espalhar a semente do ódio, nem sempre é a vingança. Também podem utilizar o prazer a fim de destruir momentos ou vidas por uma simples risada.


Tenho uma história para repartir...

Aconteceu na rua.
Era de noite e poucas pessoas andavam pelas calçadas.
Poucos carros passam por aí. A neve de inverno deixou as ruas perigosas para o tráfigo. O asfalto congelado dificultava o movimento. Tanto pessoas como carros eram raros naquela hora.
Porém, perto da estação de trem havia um canto escuro, onde alguns tomavam um trago aparentemente para se livrar do frio arrebatador.
Eram certa de 4 pessoas que entre tragos e outros cuspiam e falavam alto. Quando terminavam cada lata a atiravam à rua, sem pretenção de apanha-las posteriormente.
A frente deles um ponto de ônibus, em oposição a estação de trem. Sempre sombriu e com ar de abandonado. A impressão para quem olha o ponto de ônibus cercado de pessoas altamente alcoolizadas ao redor é a de que ele não era utilizada a um bom tempo, ou pelo menos desde o momento em que aquelas pessoas teriam chegado ali.

Do outro do lado da cidade, um cara acabou de terminar a sua jornada de trabalho.
O que mais quer fazer é ir para a sua casa, junto do calor de sua mulher e filho que já se encontram deitados a ponto de dormir.
O rapaz tem um longo caminho pela frente. São dois ônibus até chegar em casa. Além de uma pernadinha. Mas nada que desanime esse caboclo. Já passou por momentos piores e esse até lhe parece tranquilo.
Quando está chegando no ponto de ônibus onde irá pegar a segunda condução para a sua casa, um morador da rua lhe para pedindo um cigarro. A resposta vem negativa em tom de estranhamento. Isso dificilmente acontece com ele. Não é fumante e não costuma dar mole quando está andando pelas ruas da cidade. De qualquer forma, não se importou com o episódio e seguiu na caminhada, rumo ao segundo ônibus.
Outra vez, no meio do caminho, aconteceu algo. Dessa vez era sua cabeça, lhe surpreendendo com uma premonição do que poderia acontecer pelos caminhos escuros que passava. Nada muito sério ou que devesse ser levado a sério. Idéias e possibilidade são muitas e elas só acontecem de acordo com o conjunto de ações e reações que se sussedem na nossa vida. A premonição foi só uma idéia, ele pensou. E continuou sem exitar. Se aproximando do caminho, a sua frente, ia uma garota. Andar lijeiro e cabeça à baixo. Não só por que era noite e nada se via, mas também para evitar o frio e o tropeço indesejado nas calçadas congeladas.
Ela parou no mesmo ponto de ônibus que ele. Junto com as pessoas alcoolizadas.
Eram os únicos por ali naquela hora.
Cansado, o rapaz procurou algum lugar para se encostar enquanto esperava pelo õnibus. No entanto o único lugar para se encostar estava sendo ocupado por 4 rapazes bebados. Assim, ficou de pé, esperando ansiosamente o ônibus que o levaria de volta pra casa.
Três minutos se passaram até que, por sua surpresa, duas pessoas estavam a suas costas. Assustado, o rapaz olhou para trás. Eram duas pessoas, das quatro que estavam bebadas. Dois rapazes aparentemente da mesma idade. Quando notaram que foram vistos, tomaram a frente e perguntaram em uma ligua estrangeira algumas frases que não foram intendidas.
Logo depois tentaram iniciar uma conversa em inglês. Porém as condições físicas que essas pessoas ficaram depois de tanta bebida não permitiu que uma conversa fosse iniciada.
Assim, se despedindo, um dos bebados estendeu a mão dizendo adeus.
Nisso o seu colega, sem pretenções nenhuma estendeu a mão também, mas com o punho fechado, no meio da cara do rapaz.
Esperto e lijeiro, o rapaz se esquivou do soco, deu um passo para trás e observou o que estava acontecendo ao seu redor. E vendo todos os outros se aproximando dele, correu. Virou o quarterão e se acalmou. Andou mais um pouco e chegou no ponto da frente. Pegou o mesmo ônibus que iria pegar. Sem atraso.
Quando estava andando para o outro ponto perguntou, o que há de errado com essas pessoas ??

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